Blockchain, computação quântica, IoT e IA desafiam a proteção de dados

07/03/2025

Blockchain, computação quântica, internet das coisas e inteligência artificial generativa estão no radar dos especialistas em proteção de dados como tecnologias emergentes que podem trazer desafios.

Moderador do painel que debateu o tema durante o evento “Importância da Segurança para a Proteção de Dados”, organizado por Cert.br e ANPD, nesta terça-feira, 28/01, em São Paulo, Luiz Alexandre Reali Costa, o Tuca Reali, gerente do Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial do NIC.br, destacou que tecnologias emergentes nem sempre são novidades, mas, sim, de algo que, quando o ecossistema se desenvolve, viabiliza o uso massivo da tecnologia.

“É como a inteligência artificial, que é tema há uns 70 anos, eclodiu mais recentemente e ficou popular com a inteligência artificial generativa. O ecossistema se desenvolve e permite o uso massivo, o que também traz o aspecto de que expõe usuário à coleta massiva de dados, tem escalada da complexidade com novas tecnologias sendo implantadas, escala as vulnerabilidade do sistema e também expõe a escassez de profissionais qualificados”, pontuou Tuca Reali.

Do lado da legislação, Jefferson Dias Barbosa, gerente de projetos na ANPD, apontou que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) não tem como objetivo travar novas tecnologias, mas para trazer mais segurança ao titular. “A LGPD é baseada em princípios; em segurança, transparência e prestação de contas. Muitas vezes, não vemos transparência na coleta dos dados e isso é fundamental no desenvolvimento das novas tecnologias”, assinalou.

Falando sobre blockchain, Gladstone Moises Arantes Junior, especialista em blockchain no BNDES, destacou que a tecnologia é, sem sua definição, como máquina da confiança. “É você confiar sem precisar confiar em ninguém em particular”, explicou. Para ele, não existe caso de uso mais óbvio para blockchain que a adoção no governo, mas há desafios em proteção de dados. O principal deles é que, uma vez que o dado é inserido, ele não pode ser apagado.

Além disso, o especialista do BNDES acredita que a Web 3.0 vai trazer ainda mais revolução. “Hoje, vivemos a Web 2, centralizada nas grandes plataformas, que usam seu dado para gerar ativo em cima daquilo. A Web 3, que não é suportada necessariamente por blockchain, existe a descentralização das plataformas, o que dá autossoberania para as pessoas”, adiantou.

Fonte: Convergência Digital.
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