4 riscos cibernéticos para ficar de olho em 2020

16/03/2020

O Fórum Econômico Mundial divulgou um relatório anual que inclui os ataques cibernéticos em uma lista de riscos globais que podem ter um impacto negativo em vários setores (e países), por um período de dez anos.

De acordo com o estudo, os ataques cibernéticos são considerados o segundo risco mais preocupante que o mundo dos negócios enfrentará na próxima década em todo o mundo.

Segundo a opinião dos mais de 750 especialistas e tomadores de decisão que foram consultados para a elaboração do relatório, 76,1% espera que os ataques cibernéticos aumentem em infraestrutura em 2020 e 75% aguarda um aumento nos ataques em busca de dinheiro ou dados.

“As novas tecnologias visam proporcionar vários benefícios à população e aos usuários, algo que eles alcançaram. No entanto, essas vantagens também são acompanhadas de riscos, de modo que, além de oportunidades, também trazem novas ameaças”, menciona Miguel Ángel Mendoza, especialista em segurança de TI no Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina, que comenta o relatório.

Pontos de atenção

De acordo com o documento, estes são alguns dos riscos associados à tecnologia:

– Inteligência artificial (IA): começa a mostrar sinais de certos perigos, como manipulação por meio de fake news e deep fakes; bem como nas interfaces cérebro-computador e hiper-automação, ou seja, a combinação de robótica com inteligência artificial. Essa questão também foi abordada no relatório Tendências 2020 no campo da segurança cibernética.
– Tecnologia móvel de 5ª geração (5G): as novas tecnologias dependem de infraestrutura de alta velocidade, no entanto, existem déficits significativos na capacidade de cobertura e investimentos em telecomunicações. O desafio é construir infraestrutura moderna e introduzir sistemas que sejam seguros e confiáveis dentro dos recursos existentes.
– Computação quântica: reduziria drasticamente o tempo necessário para resolver os problemas matemáticos nos quais as técnicas de criptografia são suportadas. Isso se destaca porque a capacidade de processamento pode tornar os algoritmos criptográficos de hoje impraticáveis, e haveria o risco de inutilizar a maioria das infraestruturas críticas e sistemas de segurança de dados.
– Computação em nuvem: com o potencial de desenvolver diferentes setores, expandir o acesso tecnológico a áreas remotas, bem como vincular-se a outras tecnologias. Ao mesmo tempo, com uma quantidade maior de dados hospedados na nuvem, as empresas estão acumulando cada vez mais informações pessoais, o que cria riscos potenciais à privacidade e segurança dos dados.

Os ataques cibernéticos assumem várias formas e se estendem ao ambiente físico. Nesse sentido, os ataques a infraestruturas críticas começam a aparecer normalmente em setores como energia, saúde ou transporte (setor público e privado), afetando até cidades inteiras.

Da mesma forma, os cibercrimes aparecem com mais frequência, perpetrados por grupos cada vez mais organizados, com uma probabilidade muito baixa de serem detectados e processados, enquanto o cibercrime como serviço é mantido como um modelo de negócios em crescimento, com ferramentas cada vez mais fáceis de usar e acessíveis para praticamente qualquer pessoa.

“A ESET aposta na educação e na conscientização como as primeiras ferramentas para aproveitar a tecnologia com segurança, seguidas por uma proteção confiável. Nesse sentido, é fundamental aumentar as capacidades de segurança cibernética e reduzir o impacto de ataques cibernéticos, usando processos inovadores”, concluiu Mendoza.

Fonte: Computerworld

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