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Relatório da ANPD alerta para Irregularidades na Proteção de Dados nos Condomínios
14/06/2024
Um relatório elaborado pela ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados) acendeu um alerta para o mercado condominial, especialmente para síndicos e administradoras que ainda não se adequaram às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Os condomínios estão no topo da lista dos entes despersonalizados com o maior número de irregularidades informadas à Agência.
Quando comparados às empresas privadas, a categoria de condomínios cai para a quarta posição, o que ainda é preocupante, pois divide o ranking com bancos, financeiras e administradoras de cartões de crédito e empresas de entretenimento, ficando atrás apenas dos setores de Telecomunicações, E-commerce e Educação
Entre as três principais denúncias de irregularidades apresentadas no documento da ANPD, destacam-se a coleta de imagens pelas câmeras de segurança, a falta de política de privacidade e a ausência de indicação do encarregado de dados. O relatório considerou as reclamações recebidas no primeiro semestre de 2023.
Vazamentos de Dados
A LGPD visa garantir mais segurança, privacidade e transparência no uso de informações pessoais, proporcionando maior controle sobre o processamento dos nossos dados pessoais.
A maneira como é feita a fiscalização ainda não está completamente clara, mas na maioria das vezes, isso ocorre através de denúncias, como ocorreu recentemente em Jundiaí (SP).
Uma mulher descobriu o vazamento de dados após ser alvo de golpistas. Os criminosos usaram prints com fotos do sistema de reconhecimento facial implantado no condomínio por empresa terceirizada. As informações incluíam RG, CPF, data de nascimento, telefone, e-mail, modelo e placa do veículo e foto de autenticação.
A Polícia Civil apura se houve um ataque ao sistema que expôs os dados dos moradores do condomínio.
A maneira como é feita a fiscalização ainda não está completamente clara, mas na maioria das vezes, isso ocorre através de denúncias, como ocorreu recentemente em Jundiaí (SP).
Uma mulher descobriu o vazamento de dados após ser alvo de golpistas. Os criminosos usaram prints com fotos do sistema de reconhecimento facial implantado no condomínio por empresa terceirizada. As informações incluíam RG, CPF, data de nascimento, telefone, e-mail, modelo e placa do veículo e foto de autenticação.
A Polícia Civil apura se houve um ataque ao sistema que expôs os dados dos moradores do condomínio.
Em minha palestra sobre a LGPD, reforcei que a LGPD trata a imagem das pessoas como um dado pessoal, e qualquer coleta, armazenamento e manipulação de dados pessoais, incluindo imagens captadas por câmeras ou biometria, devem ter uma base legal clara.
A mediadora do painel, a síndica Cecília Fontes (Sindissa) de Curitiba (PR), enfatizou que a era digital proporciona conforto, segurança e praticidade à vida em condomínios. A advogada Silvana Capelazo, (Anacon/SP) destacou a necessidade da análise comportamental para usar a Inteligência Artificial com mais eficiência, enquanto a síndica Pâmela Brusco (SP) abordou o uso assertivo de aplicativos e chatbots para melhorar a comunicação no condomínio.
Juntas, essas perspectivas sublinham a importância de alinhar inovação tecnológica com conformidade legal para garantir a proteção dos dados pessoais e a segurança dos moradores.
O evento foi realizado pelo grupo Síndicas de Sergipe, liderado pelas síndicas Edilma Oliveira Santos com coordenação científica de Wania Macêdo. O Diretor de Marketing da Anacon, Daniel Lima conduziu o congresso como mestre de cerimônias.
Alertas Importantes
Destaco ainda a importância da idoneidade e atualização das empresas terceirizadas, como administradoras, aplicativos, empresas de portaria remota e virtual, entre outros serviços e mão de obra dentro do condomínio. Essas empresas precisam estar bem treinadas e adequadas à lei.
Outro ponto de atenção é para os condomínios que mantêm cadastros e informações de maneira física, como o Livro de Ocorrências. Essas informações também precisam ser protegidas e descartadas quando perderem a finalidade.
A utilização da IA no mercado condominial, como destacado no Conagescon, traz tanto oportunidades quanto desafios significativos no contexto da LGPD.
Sistemas avançados de reconhecimento facial, por exemplo, podem melhorar a segurança e a eficiência da gestão condominial, mas também apresentam riscos elevados de vazamento de dados, como evidenciado pelos incidentes em Jundiaí.
A IA deve ser implementada com rigorosos controles de privacidade e segurança para garantir que a coleta, armazenamento e processamento de dados pessoais estejam em conformidade com a LGPD, protegendo assim os direitos dos moradores e evitando exposições indesejadas de informações sensíveis.
Enquanto o relatório da ANPD destaca a urgência de adequação dos condomínios à LGPD, eventos como o Conagescon são importantes para disseminar conhecimento e promover a conformidade com a legislação vigente.
Fonte: drd
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