Fórum Econômico Mundial cria conselho global para Inteligência Artificial

10/06/2019

O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) reuniu na última semana especialistas em Inteligência Artificial, políticos e líderes de empresas para discutir como a tecnologia em questão deve ser usada e controlada. A reunião resultou na criação de seis conselhos para fornecer orientação política e abordar as lacunas de governança em áreas como direção autônoma, medicina de precisão, blockchain e inteligência artificial.

O “Conselho de AI” ou ” Global AI Council” será responsável por definir um consenso entre as nações em torno do potencial da inteligência artificial e de outras tecnologias emergentes. O conselho será co-presidido pelo presidente da Microsoft, Brad Smith, e por Dr. Kai-Fu Lee, CEO da Sinovation Ventures e ex-presidente do Google China. Outros membros incluem Element AI, IEEE, IBM, Future of Life Institute e ministros do governo do Reino Unido, Colômbia e Emirados Árabes Unidos.

Diante de um cenário de disputas geopolíticas, como a guerra comercial travada entre Estados Unidos e China envolvendo a Huawei, encontrar um terreno comum é importante para garantir a evolução das tecnologias, especificamente a inteligência artificial.

“Muitos veem a inteligência artificial através das lentes da competição econômica e geopolítica”, afirmou Michael Sellitto, vice-diretor do Instituto Stanford para a IA centrada no ser humano, em entrevista ao MIT Technology Review. Na tentativa de preservar vantagens estratégicas, Sellitto explica que as nações tendem a criar barreiras, como dificultar o acesso a dados e pesquisas.

As medidas para estabelecer um consenso sobre como a AI deveria ser governada têm avançado, mas de forma isolada. Em abril, a União Europeia lançou diretrizes para o uso ético da IA, já a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou em maio um conjunto de princípios de IA baseados em seus próprios objetivos.

O WEF espera encontrar um terreno comum entre os Estados Unidos, a China e o resto do mundo no que diz respeito à IA. Assim, o novo conselho busca identificar questões mais importantes da AI. Entre elas: como a tecnologia pode afetar o futuro do trabalho; como a pesquisa em AI poderia beneficiar os países emergentes; e quais casos de uso específicos da tecnologia surgirão.

Fonte: CIO.

Categorias: Notícias,

Voltar